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Potência de pensar

Há uma crença dominante que o sujeito do pensamento é uma alma solitária, ilhada no corpo e que busca seu objeto na verdade universal e neutra. Nada mais longe do que acontece realmente à nossa potência de pensar. Nem a alma, nem a consciência, nem o eu são os sujeitos do pensamento. Nem a verdade é seu objeto.

Talvez o que é chamado conhecimento não passe de sintoma e máscara para estados fisiológicos ou afetivos do corpo e do desejo em condições de assujeitamento, servidão ou adoecimento.

Porque é tão difícil ultrapassar os limites de um nevoeiro que insiste em se refazer a cada nova intoxicação que acomete o corpo do desejo como acontecimentos mal digeridos em nós?

Seria necessário cultivar uma força de resistência às tendências mórbidas que atravessam as forças de humanidade em nós e nos querem render aos poderes tutelares e piedosos caros aos tipos reativos, às doenças de classes, raças e sociedades gregárias?