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A Grande Saúde e Raul, Cobain, Artaud e tantos outros gênios criadores #11/100


O que faz tombar tantas vidas? 

Como pode, pessoas que criaram obras tão notáveis, como por exemplo 
Raul Seixas, Van Gogh, Artaud, Kurt Cobain, terminarem mal, não resistindo 
à invasão de forças que acabam por destruí-las? 

Por que não se consegue dar conta delas? Quais precauções, quais distâncias 
seriam necessárias criar, não para negá-las, mas para encontrar o ponto 
de mutação que transmuta essas forças inimigas em aliadas?

Haverá um caminho? Qual será o caminho que leva para essa grande saúde? 
E se ele não existe, podemos inventá-lo? De modo que produza a força em nós 
capaz não de se opor, mas de converter forças nocivas em combustível de criação?

Eu diria: Nossos inimigos não são os outros, nossos inimigos são nossos fantasmas. 

Se formos bem atentos, focamos o elemento que captura nosso desejo, 
elemento que emerge como uma maneira, um maneirismo, um mau jeito 
de olhar um mau encontro, como uma não-relação, um elemento que nos isola, 
que se recusa entrar em relação, e que se impõe de fora, produzindo o fantasma 
da falta em nós, que nos torna juízes de nós e dos outros, eis o pior uso 
que fazemos desse mesmo fantasma. 

É contra ele, este terceiro olho em nós que a gente deve lutar, este grande outro 
que entra e se apropria, se apodera de nós, pesa em nós, que carregamos enfim. 
Olho que olha através de nós e que nos faz pensar, sentir e agir de modo a nos 
submeter, sabotar e até aniquilar. 

O que importa então é conseguir conceber, perceber e detectar esse inimigo 
que age através de nós mesmos.

Eis aí um bom combate inadiável, que é urgente e preemente travar.

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