Luiz Fuganti Eu vou fazer um resumo bem sintético mesmo de algumas coisas principais que vimos na aula passada. Leibniz tem uma postura, a partir da década em que ele vive, muito singular porque digamos que com o Renascimento e o final da Idade Média, houve uma quebra, um desmanche, um desmonte dos princípios ou […]
24Luiz Fuganti Eu vou fazer uma introdução rápida com relação a Hume e colocamos os elementos básicos para entrarmos na questão das instituições, da lei, do contrato, da liberdade; vamos ver se fazemos uma coisa interessante. David Hume: um escocês do século XVIII; nasceu em 1711, morreu em 1776. Hume é classificado, na história da […]
Luiz Fuganti A nossa questão é bem prática, estamos usando a filosofia com o estilo de viabilizar uma postura, mesmo, não é uma questão teórica – ainda que usemos a teoria, ainda que usemos a questão especulativa para servir a essa postura prática. Então, nesse sentido, vamos enfatizar hoje o aspecto fundamental do empirismo que […]
Luiz Fuganti Hoje eu vou falar de quem vocês não gostam, de tanto eu ter falado mal, criticamente. Kant é muito interessante, por isso vamos falar dele; pode ser chato, pode ser um homem da lei, pode ser um homem da moral por excelência, mas ele é o instaurador do plano moderno da separação da […]
O projeto mais geral da filosofia de Nietzsche é atingir um modo de viver e de pensar que ultrapasse toda essa decadência que se instalou no ocidente e que toma conta da terra – que, segundo Nietzsche, é causada por uma maneira negativa de viver e pensar. Então é o bacilo da negação que gera a crença no ideal, que acaba produzindo uma inviabilização para a vida, uma inviabilização para o corpo, uma inviabilização para a natureza. Então Nietzsche quer fazer a transvaloração ou a transmutação de todos os valores. Ele diz que os valores ocidentais inteiros estão contaminados ou cheios do bacilo da vingança ou do niilismo.
Luiz Fuganti Vamos fazer uma coisa, um percurso, que vai nos fortalecer para entender as figuras do niilismo em Nietzsche e a questão da transvaloração de todos os valores; ou seja, a denúncia do niilismo e a criação de uma maneira de viver absolutamente inédita, inaudita. Maneira de viver, de sentir e de pensar. Hoje […]
Então de modo algum você pode dizer que Nietzsche critica uma raça ou um povo, a não ser quando essa raça encarna uma forma de ressentimento, uma forma reativa, uma forma niilista. Só o tipo reativo é que interpreta assim, de forma preconceituosa, a obra de Nietzsche.
A afirmação, em Nietzsche, não é afirmação de alguém sobre alguma coisa; não é atributo de alguma coisa, não é propriedade de alguma coisa, não é a faculdade de um sujeito que afirma algo de um objeto. A afirmação é, em Nietzsche, o próprio ser. Em Nietzsche não existe o ser: o ser é afirmação. Não é uma afirmação do ser: o próprio ser é que já é afirmação. Então não há descolamento entre afirmação e ser. Ser é afirmar.
O diagrama é sempre virtual; ele é real, mas ele é virtual. E não há diagrama que não se atualize ao mesmo tempo no estrato, no que Foucault chama de estrato. Estrato é o campo do saber.
O biopoder já são massas abertas, são as massas ou as populações; e eles vão regular e controlar a sexualidade, a natalidade – vão gerir a vida sob o ponto de vista do poder. Não é gerir a vida para afirmar a vida e ativar a vida, é para submeter a vida. Porque no regime anterior de soberania, o déspota, o monarca, tinham o poder de vida e morte sobre o povo; eles ou deixavam viver ou matavam. E no atual sistema você precisa extrair e incutir, embutir, impor um modo de se comportar.