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Foucault – O Anti-Édipo: Uma Introdução à Vida Não Fascista

Entre os anos 1945 e 1965 (penso na Europa), havia certa maneira correta de pensar, certo estilo de discurso político, certa ética do intelectual. Era preciso ser íntimo de Marx, não deixar os sonhos vagarem longe demais de Freud, e tratar os sistemas de signos — o significante — com o maior respeito. Tais eram as três condições que tornavam aceitável esta singular ocupação que consiste em escrever e enunciar uma parte de verdade sobre si mesmo e sua época.

Formação Pensamento Ocidental – Aula 23/32 – Empirismo (continuação)

Luiz Fuganti A nossa questão é bem prática, estamos usando a filosofia com o estilo de viabilizar uma postura, mesmo, não é uma questão teórica – ainda que usemos a teoria, ainda que usemos a questão especulativa para servir a essa postura prática. Então, nesse sentido, vamos enfatizar hoje o aspecto fundamental do empirismo que […]

Artaud – O homem-árvore

O tempo em que o homem era uma árvore sem órgãos nem função, mas de vontade, e árvore de vontade que anda, voltará. Existiu, e voltará. Porque a grande mentira foi fazer do homem um organismo, ingestão, assimilação, incubação, excreção, o que existia criou toda uma ordem de funções latentes e que escapam ao domínio da vontade decisora, a vontade que em cada instante decide de si; porque assim era a árvore humana que anda, uma vontade que decide a cada instante de si, sem funções ocultas, subjacentes, que o inconsciente rege.

Deleuze & Guattari – Mil Platôs Vol.1

Um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança, unicamente aliança. A árvore impõe o verbo “ser”, mas o rizoma tem como tecido a conjunção “e… e… e…” Há nesta conjunção força suficiente para sacudir e desenraizar o […]

Deleuze – O ato de criação

Eu gostaria também de formular algumas perguntas. Formulá-las a vocês e formulá-las a mim mesmo. Seria algo como: o que exatamente vocês fazem, vocês, homens do cinema? E eu, o que exatamente eu faço, quando faço ou espero fazer filosofia?

Formação Pensamento Ocidental – Aula 25/32 – Nietzsche (parte 1/4)

O projeto mais geral da filosofia de Nietzsche é atingir um modo de viver e de pensar que ultrapasse toda essa decadência que se instalou no ocidente e que toma conta da terra – que, segundo Nietzsche, é causada por uma maneira negativa de viver e pensar. Então é o bacilo da negação que gera a crença no ideal, que acaba produzindo uma inviabilização para a vida, uma inviabilização para o corpo, uma inviabilização para a natureza. Então Nietzsche quer fazer a transvaloração ou a transmutação de todos os valores. Ele diz que os valores ocidentais inteiros estão contaminados ou cheios do bacilo da vingança ou do niilismo.

Artaud – O Teatro E Seu Duplo

Nunca como neste momento, quando é a própria vida que se vai, se falou tanto em civilização e cultura. E há um estranho paralelismo entre esse esboroamento generalizado da vida que está na base da desmoralização atual e a preocupação com uma cultura que nunca coincidiu com a vida e que é feita para reger a vida.

Foucault – A Ética do Cuidado de Si como Prática da Liberdade

Gostaríamos inicialmente de saber qual é atualmente o objeto do seu pensamento. Acompanhamos os seus últimos desenvolvimentos, principalmente os seus cursos no Collège de France em 1981/1982 sobre a hermenêutica do sujeito, e queríamos saber se o seu procedimento filosófico atual é sempre determinado pelo pólo subjetividade e verdade.

Esse sempre foi, na realidade, o meu problema, embora eu tenha formulado o plano dessa reflexão de uma maneira um pouco diferente. Procurei saber como o sujeito humano entrava nos Jogos de verdade, tivessem estes a forma de uma ciência ou se referissem a um modelo científica, ou fossem como os encontrados nas instituições ou nas práticas de controle. Este é o tema do meu trabalho As palavras e as coisas, no qual procurei verificar de que modo, nos discursos científicos, o sujeito humano vai se definir como indivíduo falante, vivo, trabalhador. Nos cursos do Collège de France enfatizei essa problemática de maneira geral.

Formação Pensamento Ocidental – Aula 26/32 – Nietzsche (parte 2/4)

Luiz Fuganti  Vamos fazer uma coisa, um percurso, que vai nos fortalecer para entender as figuras do niilismo em Nietzsche e a questão da transvaloração de todos os valores; ou seja, a denúncia do niilismo e a criação de uma maneira de viver absolutamente inédita, inaudita. Maneira de viver, de sentir e de pensar. Hoje […]