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Ações

Guerra e combate

Investigar razões, motivos e modos de combater e fazer a guerra ao longo da história da humanidade e a operar uma clara distinção entre as máquinas de guerra geradoras de vidas ativas e superabundantes na potência de criar e as máquinas de guerra capturadas por Estados, produtoras de morte, desqualifidoras dos modos intensos e alegres […]

Práticas e crenças de poder e ascensão social

Começa-se por se produzir terra imunda e água suja, ou em outras palavras, produzir uma subjetividade miserável. Como? Desqualificando as zonas virtuais do vivo. Inoculando a falta, a culpa, a insuficiência da ordem nos tempos, movimentos e afetos destituídos como caóticos. Quanto mais miserável um ser, mais se confessa humilde. Mas o inconfessável da humildade […]

Práticas educacionais e dispositivos familiares

Diferença de natureza entre os valores e práticas familiares como potências aliadas de uma vida criativa versus valores e práticas como investidores na formação de prepostos dos poderes estabelecidos, implementadores e garantidores da transmissão de uma cadeia de ordens, deveres e direitos – valores e práticas de uma cultura que pressupõe a desqualificação das zonas […]

Violência Moral, Social e Institucional

Da violência física como efeito ou descarga de coações passionais diretamente externas ou derivadas internas devido ao ressentimento. Do apreender as fontes primeiras da violência, engendrada sempre que a vida se separa de suas potências; ou seja, quanto mais impotência, mais violência demanda uma vida e essa mesma vida pratica a violência de modo mascarado […]

Desejo, modos de prazer e sexualidade

Investigar o prazer como função de esgotamento ou descarga do desejo, em contraste com um uso do prazer como intensificação do desejo. O desejo intenso, não despressurizado é inoportuno para o poder. A sexualidade como dimensão singular do existir coloca em relação tempos e ou movimentos diferenciais que se fundem sem sucumbir na indiferenciação, cujos […]

Cinema Nômade – 1º semestre 2016

Cinema como Fábrica de Visões   Neste primeiro semestre de 2016 foram realizadas sessões do cinema nômade em São Paulo, em bibliotecas públicas. Cinema Nômade é uma proposta de exibição descontínua de filmes intercalados com análise e conversação, analisados sob o ponto de vista técnico e estético, além de serem analisados tematicamente sob o ponto […]

Conferências em Moçambique | Saúde

Filosofia ou serve para a vida ou não serve para nada. Nós vamos passar um pensamento filosófico desse ponto de vista, do ponto de vista da vida. Eu dizia então que nós colhemos o que plantamos e nós morremos pela boca. Mas também nós podemos viver pela boca. Ou seja, o que há aqui é a idéia de uma necessidade de uma seleção, de uma capacidade seletiva nos encontros. Essa capacidade seletiva é, na verdade, a tônica da grande saúde: a saúde do corpo, a saúde da mente, a saúde das relações sociais, a saúde das relações com a natureza, a saúde das relações com o planeta, a saúde de todos os corpos vivos que se inter-relacionam.

Conferências em Moçambique | Ética e Política I

Nós não acreditamos que haja uma contradição essencial entre os desejos individuais e os desejos coletivos. E essa ideia de que há uma contradição entre os desejos sociais, ou o desejo social coletivo e os desejos individuais, é o pressuposto básico de todo pensamento ocidental. Inclusive é um pressuposto para a invenção do Estado moderno, a partir de Hobbes. Hobbes pressupõe que há um estado de natureza do homem que seria um estado de guerra de todos contra todos, em função simplesmente de que os interesses individuais entram em conflito com os interesses coletivos. Esse pressuposto nós acreditamos inteiramente mal fundado, uma vez que já parte de uma condição humana, de um estado humano, de separação das próprias capacidades afirmativas que condicionam a postura humana como aquela que visa realizar desejos individuais que entram em conflito com outros desejos individuais.

Conferências em Moçambique | Saúde Integral, Poder, Cultura e Aids

A saúde é de todo o corpo e é do pensamento nosso junto com o corpo. A alma e o corpo estão sempre unidos, ligados. Os ocidentais – e eu de alguma maneira tenho de me incluir nisso, porque nós somos filhos do Ocidente de alguma maneira – criaram uma maneira de viver muito enfraquecedora e muito doente, que separa a alma do corpo. E criou–se uma ideia de ciência, uma ideia de medicina que é, na verdade, uma maneira de controlar a vida, de controlar o corpo e de controlar a alma dos indivíduos. Só vou dar um exemplo básico para que vocês possam se situar um pouquinho em relação ao que quero dizer. No Ocidente, inventou-se, por exemplo, uma doença da alma que se chama vulgarmente de loucura. E a loucura, num certo momento, por exemplo, se disse, no século XIX, que era uma doença mental. A doença mental então foi inventada exatamente no século XIX. E com a interpretação que se tinha sobre uma perturbação do espírito, da alma, veio junto um saber de cura para essa mesma doença mental.

Conferências em Moçambique | Ética e Política II

Nossa filosofia toca algo fundamentalmente intimo a uma espécie de natureza humana. É também uma questão complexa falarmos da natureza humana, mas enfim seria um ponto talvez problemático a partir do qual nós pudéssemos desenvolver certos temas que têm gerado muitos descaminhos para a humanidade, para as sociedades, ao mesmo tempo em que se criam soluções muitas vezes artificiais e abstratas, como falou o meu amigo Luís, que talvez fizessem parte de um tipo de filosofia que nós não fundamos. Eu só acredito num tipo de abstração, que é a abstração da não existência que segue sendo real.